segunda-feira, 27 de junho de 2011

A mãe-da-lua ou urutau (Nyctibius griseus)

É incrivel o tamanho dos olhos e boca desta ave, sendo o bico minúsculo.

Esta ave traz consigo uma aura de mitos e lendas traçados a noites enluaradas no nosso sertão, acreditem meus amigos que muitos pais nos remotos lugarejos do sertão contam a seus filhos que: “a mãe-da-lua vem pegar as crianças que saem durante a noite” esta é uma entre tantas lendas que cercam esta ave magnífica.

Uma das crenças mais curiosas no poder sobrenatural do urutau é a que faz referências a sua posição face ao ciclo solar. Quando o sol nasce o pássaro volta sua cabeça para ele e acompanha o seu curso. Quando o astro caminha para o poente, começa então a entoar o canto dolorido "u - ru - tau".

Lendas a parte na verdade a mãe-da-lua ou urutau como é conhecido em muitos lugares tem nome científico Nyctibius griséus e é uma ave total mente pacífica “as vezes até demais” que possui uma enorme capacidade de camuflagem, está entre os animais ameaçados de extinção talvez por confiar demais nesta capacidade de camuflagem.


Nesta ocasião vemos uma fêmea e seu pequeno filhote, estes animais põem seus ovos em cavidades naturais na extremidade de troncos onde seu corpo parece uma extensão do tronco tornando-se praticamente invisíveis a olhos desavisados.



Na foto seguinte temos o detalhe do olho desta ave, percebam que mesmo de olhos fechados ela possui pequenas frestas por onde pode enxergar, pois se precisasse “abrir os olhos” para tal fim perderiam alguns pontos em camuflagem, sendo assim, mesmo de "olhos fechados" podem ver um predador que venha a se aproximar demais e voar.

O pequeno filhote com a plumagem inicial a qual será mudada ao longo do tempo. Ele já esta aprendendo os "macetes" da camuflagem!


terça-feira, 21 de junho de 2011

Ovos de Codorna-buraqueira, Cordoniz (Nothura boraquira)


foto

Características - Mede 27 cm. Seu colorido altera-se freqüentemente conforme a cor da terra que impregna a plumagem. É caracterizada pelas cores camufladas, que podem confundí-la com o ambiente (terra, folhas secas, moitas de capim etc), porem basicamente suas cores são: dorso preto com estreitas faixas transversais, cabeça e pescoço pardo-amarelados, garganta e abdome, brancos, tendo ainda um nítido topete vertical negro, tarsos amarelos..

O tamanho dos sexos pode variar muito.
Vivem aos casais nas baixadas, margens de riachos e capões, diferentemente da codorna-pequena que prefere os descampados. Ao serem avistadas preferem correr, só ocasionalmente voando.
Maior que a cordoniz-pequena é uma das melhores aves de caça da região, tem a carne branca e macia, por isso são muito perseguidas. Precisa de proteção.
Nidificação - Andam aos casais. A cor do ovo é chocolate-claro menos brilhante do que o de N.Maculosa. Os ovos são depositados diretamente no chão, chegando ao número de sete até oito por postura. O macho se incube da tarefa de chocar e criar filhotes, sistema de reprodução que envolve a poligamia. 
Alimentação - Comem não só bagas, frutas caídas, como folhas e sementes duras, (na região, principalmente das euforbiáceas: Faveleira - Cnidosculos phyllacanthus e Pinhão - Jatropha sp). Procuram pequenos artrópodes e moluscos que se escondem no tapete de folhagem apodrecida; viram folhas e paus podres com o bico à procura do alimento, jamais esgravatando o solo com os pés como fazem as galinhas. Catam carrapatos nos pastos e se aproveitam da movimentação do gado no meio da vegetação para apanhar insetos (por exemplo, gafanhotos), quando são espantados. Também cavam a terra à procura de raízes tenras e tubérculos, porém em pequena escala. Bebem regularmente sempre que houver água. Engolem pedrinhas; os filhotes dependem de alimento animal.
É ave exclusivamente terrícola, jamais pousando em arvores.