sábado, 30 de abril de 2011

Icterus jamacaii (Sofrê/Corrupião)



foto

Características: Uma das aves mais lindas do Brasil, muito popular por sua beleza e canto; chega a imitar compassos do Hino Nacional. Mede cerca de 20 cm. Tem a fronte, a cabeça, a nuca, parte anterior do dorso, penas rêmiges e cauda, negros; parte posterior do dorso e cobertura da cauda, amarelas; peito, ventre, uropígio e bordo anterior da asa, amarelo-alaranjado; mancha da parte externa da asa de cor branca. Íris amarelo-limão, bico fino com a mandíbula superior negra e a inferior cinzenta para a raiz, tarsos plúmbeos. Tamanho médio de 22cm. Vive em bandos familiares e separa-se em casais na época de reprodução, se tornando territorialista.

Quando fazem vôos longos em espaços abertos, movimentam a cauda caracteristicamente para baixo, enquanto batem as asas, parecendo ajudá-las a impulsionar o corpo. O movimento de asas também é peculiar, com várias batidas rápidas seguidas por intervalos pequenos de batidas mais intercaladas. Fazem um ruído único ao passarem em vôo.
Tem voz muito agradável e canto melodioso, enchendo a paisagem árida do sertão com verdadeira musica da natureza.
Nidificação: Pratica às vezes o nidoparasitismo, aproveitando ninhos abandonados de espécies como a casaca-de-couro, o joão-de-barro e o bem-te-vi. Reproduz entre a primavera e verão. Postura de 2 a 3 ovos com incubação de 14 dias em média, os filhotes saem do ninho em torno de 15 dias e passam a se alimentar sozinho aos 40 dias. Os filhotes nascem com a mesma coloração dos pais, apenas mais fosca "pena de ninho". Não há disformismo sexual, muito difícil reconhecer os sexos; macho e fêmea cantam. Jovens semelhantes.
Alimentação: Onívoros. Come frutos, sementes, insetos e aranhas. Aprecia a seiva das flores e os frutos dos cactus mandacaru (Cereus jamacaru) e xique-xique (Pilocereus gounellei). Defendem violentamente as suas fontes de alimento, seja contra aves da mesma espécie ou de espécies diferentes.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

coruja buraqueira (Athene cunicularia)

O animal de hoje é a  coruja buraqueira ou Athene cunicularia, que recebia anteriormente o nome deSpeotyto cunicularia novas fotos desta bela ave!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Comissão de Meio Ambiente - Dia Nacional da Caatinga

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realiza nesta manhã audiência pública para discutir a situação atual de conservação da Caatinga e seu uso sustentável. O debate, sugerido pelo presidente da comissão, deputado Giovani Cherini (PDT-RS), ocorre no Dia Nacional da Caatinga (28 de abril). A audiência vai discutir formas de combate ao desmatamento e de obtenção de recursos para preservação ambiental.

Bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga ocupa cerca de 11% do território do País – são cerca de 850 mil km² que abrangem Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais – e constitui o principal ecossistema do Nordeste, com 932 espécies de plantas, 148 de mamíferos e 510 de aves.

“São plantas e animais adaptados à falta de água característica da região e às altas temperaturas”, explica a pesquisadora Lúcia Kill, da Embrapa Semiárido.


Bioma suscetível
Apesar de ocupada há séculos pelo homem, a Caatinga ainda não foi devidamente estudada, sendo um bioma bastante suscetível à ação humana. Segundo dados de 2008 do Ministério do Meio Ambiente, 45% do território estão desmatados. Um dos motivos é a extração ilegal de madeira para geração de energia.



“Entre 30% e 40% da energia do Nordeste é proveniente da lenha e do carvão. A lenha é retirada de forma não sustentável, inclusive para o abastecimento de polos industriais”, lembra o coordenador do Núcleo Bioma Caatinga do Ministério do Meio Ambiente, João Arthur Soccal Seyffarth.
Divulgação/MMA

População local é a grande prejudicada pela degradação do bioma.

Também são causas do atual processo de desertificação (degradação em terras secas) da Caatinga: o extrativismo mineral, a agricultura praticada de forma errônea e a pecuária.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), Hélio Gurgel Cavalcanti, a população da região é a grande prejudicada pela degradação do bioma. Grande parte dos 27 milhões de pessoas que vivem na área original da Caatinga é carente e precisa da biodiversidade para se sustentar.

“A escassez de recursos naturais gera um êxodo rural. As pessoas migram em busca de oportunidades de trabalho e de recursos hídricos. É preciso criar condições para que a população permaneça na região, incentivando o extrativismo e o manejo sustentáveis”, afirma Cavalcanti. Para ele, investimentos em educação ambiental são fundamentais para mudar a situação.


Ações necessárias
Segundo Lúcia Kill, o combate à desertificação da Caatinga não passa por uma única ação. A cada problema, afirma, corresponderia um tratamento específico. O envolvimento do poder público, acrescenta, é primordial, pois o processo de recuperação é oneroso e a população da região não teria condições de arcar com os custos.



A pesquisadora sugere o fortalecimento da assistência técnica aos produtores e a valorização das espécies locais. “Em vez de trazer plantas exóticas, muitas vezes por falta de informação, é preciso valorizar as espécies nativas, que são adaptadas às peculiaridades da Caatinga.”
Divulgação MMA

Quipá é uma das 932 espécies de plantas da Caatinga.

Outra sugestão de Lúcia Kill passa pela criação de mais unidades de conservação na Caatinga. João Arthur Seyffarth lembra que apenas 8% do bioma são protegidos atualmente e uma das intenções do núcleo que coordena é aumentar esse percentual, principalmente por meio de parcerias com os estados.

O Ministério do Meio Ambiente, diz Seyffarth, vai criar um programa de sustentabilidade para a Caatinga. O objetivo é ordenar o manejo adequado dos recursos naturais, com previsão de plano de controle de desmatamento e fomento de atividades sustentáveis, como pecuária que não desmate, apicultura e extrativismo de produtos não madeireiros.

Experiências exitosas também vêm sendo colocadas em prática em assentamentos da região, segundo Seyffarth. Ele cita projetos que visam à economia de lenha e carvão, seja evitando a retirada em uma determinada área, triturando o material para aumentar seu rendimento ou catando o produto do chão.


PECs
Segundo João Arthur Seyffarth, a Câmara também pode contribuir para a recuperação da Caatinga, por exemplo, com a liberação de emendas parlamentares e a aprovação de uma política de combate à desertificação e também do pagamento de serviços ambientais prestados por produtores.



Também interessa ao Ministério do Meio Ambiente a aprovação pela Câmara de duas propostas de emenda à Constituição (PECs 115/95 e 504/10) que incluem o Cerrado e a Caatinga entre os biomas tidos como patrimônios nacionais. Essa inclusão, explica Seyffarth, viabilizaria a destinação de mais recursos para a conservação do bioma.
Brizza Cavalcante

Giovani Cherini: é preciso estimular o desenvolvimento sustentável da região.

O deputado Giovani Cherini afirma que a audiência de quinta-feira contribuirá para reforçar o apoio da Comissão de Meio Ambiente às propostas. “Fazer o debate sobre a Caatinga nesta comissão é fundamental para estimular nossos pares a engajar a Câmara no esforço para atingir o desenvolvimento sustentável do bioma”, diz o parlamentar.


Convidados
Foram convidados para a audiência:
- o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA);
- o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE);
- o diretor de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Campello;
- o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Ferreira de Souza Dias;
- o chefe da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE), Natoniel Franklin de Melo;
- o presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), Hélio Gurgel Cavalcanti.



A reunião está marcada para as 10 horas, no plenário 8.

Caatinga


A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e o mais expressivo da região Nordeste, ocupando cerca de 10% do território nacional e abrangendo, em parte ou no todo, os estados do Ceará, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, além de pequenas áreas do Maranhão e de Minas Gerais. Nesse bioma, existem cerca de 900 espécies de plantas, entre elas, amburana, aroeira, umbuzeiro, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru, juazeiro, mandioca e cajueiro, e uma grande diversidade de fauna, abrigando centenas de espécies, entre aves, mamíferos e peixes. Caatinga é uma palavra que vem do tupi-guarani e significa mata branca. Isso porque sua vegetação seca costuma perder as folhas na época de pouca chuva, ficando com um aspecto entre o esbranquiçado e o cinzento.

Com solos rasos, clima quente, chuvas irregulares e, ainda, apresentando um elevado índice de evaporação, a Caatinga é um meio ambiente vulnerável. O equilíbrio desse bioma precisa ser respeitado com especial cuidado por estar situado numa das regiões semi-áridas com maior pressão demográfica do mundo, com baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e por ser caracterizada historicamente por profundas desigualdades socioeconômicas. Com a cobertura vegetal reduzida a menos de 50% da área dos estados, a Caatinga enfrenta grandes desafios e precisa que nela se estabeleçam formas alternativas de sustento, que gerem desenvolvimento e garantam justiça social e conservação ambiental.
 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pássaros

O galo de campina (Paroaria dominicana) ave dona de um dos mais belos cantos do Brasil, é uma pena que justamente por esta característica ela seja tão perseguida pelos criadores que a retiram de seu habitat. 





Uma das mais belas obras da natureza é a genialidade civil do João de barro criando seu ninho com paredes rígidas de nome científico Furnarius rufus este pássaro usa barro úmido epequenos gravetos estruturando uma massa que faz sua “casa” perdurar por longos anos!

Mito: “O João de barro prende sua fêmea dentro da casa e deixa ela morrer de fome...” 
Ai esta a obra de engenharia: